Árbitro não vê erro, justifica pênalti marcado e rebate Eurico Miranda


O árbitro Ricardo Marques Ribeiro, 36, se diz tranquilo com a sua atuação no empate de 1 a 1 entre Vasco e Chapecoense, no Maracanã, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Diz que o pênalti que marcou a favor da Chapecoense foi legítimo. E que no lance em que os vascaínos sugerem que houve um pênalti a seu favor, aos 41 minutos do segundo tempo, não ocorreu o toque de mão na bola alegado.
A equipe de arbitragem deixou o estádio sob escolta da polícia, apesar de o juiz garantir não ter havido nenhum tipo de incidente na saída ou no trajeto até o hotel. "Checamos a situação com a Polícia Militar e por precaução saímos com escolta da polícia". Após a partida, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, disse que o que foi visto durante o jogo foi "um escândalo".
 
Ribeiro diz ter visto os lances após a partida pela TV e segue convicto de que agiu da melhor maneira. "No lance de pênalti contra o Vasco, o Rodrigo faz um movimento com o braço que a gente chama de assumir o risco. Ele endurece o braço com o intuito de bloquear a bola. Se o movimento é natural, o braço dele está solto próximo ao corpo, não seria uma infração. Na visão que eu tive, na posição que eu estava, a bola tomou outra trajetória", diz.
 
A seu favor, ele diz que Rodrigo sequer reclamou sobre a marcação. "Ele não reage. E nós conhecemos o Rodrigo. Ele é um jogador de liderança, de personalidade forte, marcante. Eu tenho a absoluta certeza que se aquela bola não tivesse sido bloqueada como de fato foi, se tivesse batido na coxa, na cintura, eu não tenho dúvidas de que ele iria protestar. Iria me questionar com muita contundência, com muita veemência. Quando a situação é absurda, o jogador protesta".
 
Ele lamenta que a televisão não tenha a imagem invertida, para mostrar a visão que ele teve. "Você acha que se essa bola tivesse batido no quadril ou na coxa ele iria aceitar? Na condição em que o Vasco está, lutando contra o rebaixamento?", pergunta.
 
Dois minutos depois, no lance em que envolveu os atacantes Tiago Luis da Chapecoense e Nenê, do Vasco, ele afirma que não houve mão na bola do atleta do time catarinense. "Ele vai com o braço acima da cabeça, numa posição claramente antinatural. Um jogador que vai disputar a bola com a cabeça não pode estar com o braço naquela posição. Mas na minha visão de campo, a bola não toca na mão dele. Passa direto e toca na cabeça do Nenê".
 
Ele diz que a bola sequer resvalou na mão de Tiago Luis. "Se resvalasse era pênalti. Nesse caso, eu não posso punir a intenção. A bola passa muito próxima da mão dele, mas não chega a tocar. Por isso eu não assinalei a penalidade. Você percebe que a bola não desvia a trajetória. Ela cai direto na cabeça do Nenê. Vendo pela TV, pela imagem, está mais para que toca na mão do que não toca", admite.
 
Ribeiro diz que respeita Eurico Miranda, mas não concorda quando ele diz que houve interferência externa. "Ninguém tem ponto para comunicar com o nosso rádio, isso não existe. Eu desafio alguém que me prove o contrário, que haja interferência, e que me traga uma prova contundente, inequívoca, de que houve interferência externa em alguma decisão da arbitragem neste Campeonato Brasileiro ou em qualquer outra competição. A gente precisa acabar com isso".

Via: Uol Esportes 

Compartilhe

About Unknown

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.