Renato recorda San-São de 2002 e ressalta sua busca por título inédito.
O são-paulino não consegue negar a ansiedade em vencer uma disputa de mata-mata contra o Santos para acabar com um longo e incômodo jejum na história dos clássicos. Desde 2000, quando Rogério Ceni marcou em cobrança de falta e explodiu o Morumbi em êxtase na grande decisão do Campeonato Paulista daquele ano, o Tricolor nunca mais de seu bem em cima do rival da Baixada Santista neste formato de confronto.
“Se fossem 15 anos seguidos sem vencer, seria preocupante, mas teve ano que não se enfrentaram (em mata-mata). Não podemos levar por esse lado e achar que vai passar. Nos números o Santos se dá bem, mas tem de respeitar”, salienta Renato, em cima de seus 36 anos de muita experiência no mundo do futebol.
Mas o volante não esconde que foi justamente em um San-São que se integra neste retrospecto que ele viveu uma de suas melhores sensações na carreira. Ainda aos 23 anos, ao lado de atletas também muito jovens, mas que despontariam como craques, como Diego, Robinho, Elano e Alex, Renato participou do clássico válido pelas oitavas de final daquele Campeonato Brasileiro.
“O mais marcante para mim foi o (clássico) de 2002. A gente jogou a segunda fora. Vencemos em casa por 3 a 1 e tomamos um gol logo no inicio no segundo jogo. Depois viramos e passamos para a semifinal. Essa é minha lembrança”, recorda, com ar de satisfação.
“Em 2002, a gente venceu o primeiro jogo e foi muita pressão lá. A gente sabe que vai encontrar dificuldades. Eles estão querendo vencer, apagar essa imagem, principalmente no mata-mata”, reforça, já retomando o discurso precavido.
E se o discurso motivacional no São Paulo faz menção ao fato do clube nunca ter vencido uma Copa do Brasil e, além disso, ter o desejo de ‘presentear’ seu capitão e maior ídolo, Rogério Ceni, há poucos meses de sua aposentadoria, Renato faz questão de logo quebrar este clima.
"Para mim é a mesma vontade. Nunca venci a Copa do Brasil. A vontade é grande de chegar à final e ser campeão. Estamos focados e queremos ter nossa história aqui marcada como campeões. O elenco sabe disso e tem essa responsabilidade. Queremos sair com o resultado positivo (na semifinal) e como campeões no final”, retruca o volante alvinegro.
Outro fato importante que, apesar de envolver uma disputa paralela, também tem Santos e São Paulo como rivais é o fato das equipes brigarem simultaneamente por uma vaga no G4 do Campeonato Brasileiro. O Tricolor já chegou a apoupar alguns atletas no Nacional por pontos corridos, priorizando a Copa do Brasil. Enquanto isso, Renato deixa claro que o Peixe vai buscar os dois objetivos e explica o motivo da decisão do clube.
“O Brasileiro não fica atrás. A gente quer chegar na final da Copa do Brasil e o professor já indicou que vai sempre colocar força máxima. E nós vamos procurar fazer sempre o melhor. Até porque se não conseguirmos chegar na Copa do Brasil, temos de manter o lugar no G4”.