Nova diretoria do São Paulo terá de recuperar credibilidade no mercado
A onda de escândalos que atingiu o São Paulo nos últimos meses arranhou a credibilidade que a equipe mantinha no mercado financeiro. O presidente interino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, já tem se reunido com o diretor de marketing do clube, Vinicius Pinotti, para criar uma política que vise à contenção dos danos. O objetivo do novo mandatário é reaproximar investidores e evitar que as denúncias de corrupção nos bastidores afetem futuras negociações.
“Quero acreditar que a credibilidade voltará a partir do momento que a instituição estiver tranquilizada. E ouvi do Pinotti palavras animadoras a esse respeito. O São Paulo tem todas as condições de virar esse jogo”, afirmou o dirigente, cujo mandato interino deverá se estender até o dia 27 desse mês, quando ele planeja convocar as eleições à presidência efetiva.
Por enquanto, Leco é o único são-paulino a ter oficializado a candidatura ao pleito. Caso seja eleito, o dirigente terá de administrar as dores de cabeça herdadas pelos desmandos de seu antecessor, Carlos Miguel Aidar. O ex-presidente, que renunciou na terça-feira ao cargo, foi acusado publicamente de ter desviado dinheiro oriundo da contratação de jogadores. Entre as tratativas suspeitas está a do zagueiro Iago Maidana, cuja contratação também é investigada pelo STJD por conta de outras irregularidades.
“Não conheço o Iago Maidana pessoalmente. Essa é uma questão espinhosa e delicada. Envolve aspectos de legalidade, de aquisição do registro, e para isso o São Paulo tem nos seus quadros um advogado que está próximo do caso para acompanhar os desdobramentos”, disse Leco, sem entrar nos méritos da questão. O processo que corre na Justiça Desportiva investiga se o negócio contou com investidores externos no repasse dos diretos econômicos do jogador. Se comprovada a irregularidade, o Tricolor pode até ser impedido de fazer novas contratações por um determinado período de tempo.
As incertezas com relação ao futuro, segundo Leco, também precisam ser resolvidas com urgência para não desestabilizar o emocional do grupo de jogadores. O temor do mandatário é de que as denúncias possam provocar a queda no rendimento dentro de campo. “Certamente [essa situação] causou traumas e instabilidades. Isso vem de cima para baixo de tal ponto que afeta a equipe de futebol, que está lá distante, blindada. A divulgação de coisas e a revelação dos problemas cria um clima de intranquilidade. É por isso que vamos direcionar todas as nossas forças para superar isso”, declarou.
Via: Gazeta Esportiva