Dispensados, Ceará e Júlio Baptista são homenageados pelo Cruzeiro
Dispensados na última terça pelo Cruzeiro, juntamente com o volante Charles e o atacante Leandro Damião, o lateral-direito Ceará e o armador Júlio Baptista foram homenageados pela diretoria cruzeirense pelos serviços prestado ao clube mineiro, em especial pelos títulos brasileiros de 2013 e 2014, nos quais ambos os jogadores estavam presentes. Cada um dos atletas recebeu uma placa e uma camisa com um número alusivo ao número de partidas disputados por eles na Raposa.
Gratos ao clube, tanto Ceará, quanto Júlio Baptista não mostraram qualquer tipo de rancor com a diretoria, que decidiu não renovar seus contratos ao final da temporada. Para os jogadores, as conquistas ficam como legado da passagem de ambos pelo Cruzeiro.
“O meu sentimento é de agradecimento ao Cruzeiro, e, sobretudo, pela oportunidade que tive de escrever minha história no clube. As pessoas que aqui trabalham sabem meu esforço de tudo que foi traçado e planejado. As conquistas vieram, esses dois anos e meio foram muito importantes. Consegui conquistar títulos, ajudar o Cruzeiro a estar no ponto mais alto. O Cruzeiro será um time que terei com maior carinho. Torcerei de longe, mas sempre torcerei”, colocou Júlio Baptista, que chegou ao clube em julho de 2013 e disputou 62 partidas pelo clube, com 17 gols marcados.
“A instituição do Cruzeiro me recebeu muito bem em 3 anos e 5 meses. O sentimento é de gratidão. Agradeço também aos torcedores, que me apoiaram em todos os momentos. Fico feliz, porque foram poucos jogadores que permaneceram (desde 2012). Eu, Fábio, Léo, Rafael. Os momentos bons, certamente, são as conquistas. Você é coroado por todo esforço, dedicação. Você olha para trás e vê que valeu a pena todo o esforço. O atleta, em suma, joga com lesões algumas vezes. As conquistas que nos levam a dizer que valeu a pena toda a superação. Foram momentos maravilhosos”, destacou Ceará, que, desde a sua chegada em julho de 2012, realizou 133 jogos pelo clube, com dois gols assinalados.
Sem lamentações – Mesmo com 35 anos, Ceará vinha fazendo atuações convincentes pelo Cruzeiro, sendo titular em 12 dos 15 jogos de Mano Menezes no clube, o que levou muitos setores da imprensa a cogitaram a possibilidade de o camisa 2 renovar seu contato. A possibilidade não se concretizou, mas o lateral-direito reconhece como válidos os argumentos dados pela diretoria.
“A vivência no futebol nos leva a prever algumas situações. O Cruzeiro tem três laterais excelente qualidade, os dois (Mayke e Fabiano) mais jovens que eu, com um potencial maravilhoso. Já esperava que minha permanência não se concretizasse. Não negociamos em nenhum momento salário. Se estivesse no lugar dos dirigentes, faria a mesma coisa. Se tenho três funcionários da mesma posição, e um deles já com cabelo branco… certamente, eles tomaram uma boa decisão. Ficarei na torcida”, analisou o jogador, que durante este ano sofreu com lesões na coxa e no joelho.
“Iniciei o ano com uma lesão na coxa que havia se agravado após a final da Copa do Brasil de 2014. Preferi parar para sanar a lesão. Tentei voltar e foi constatada uma lesão no menisco do joelho direito. Fizemos a cirurgia, que levou um tempo maior que o previsto. No segundo semestre, consegui dar uma sequência depois da chegada do Mano. Sempre procurei jogar em alto nível e com regularidade. Consegui terminar o ano assim, ajudando o Cruzeiro dentro de suas pretensões. Mas cirurgia de menisco foi o obstáculo nesses três anos e cinco meses”, acrescentou.