Chegou rebatendo críticas

Diego Aguirre relembra rodízio no Internacional e rebate críticas



Em sua primeira experiência no futebol brasileiro, Diego Aguirre conduziu o Internacional à conquista do Campeonato Gaúcho e à semifinal da Copa Libertadores até ser demitido pela diretoria colorada em agosto deste ano. Além das boas campanhas, o treinador uruguaio alcançou também bons números pelo Inter, somando 24 vitórias, 15 empates e nove derrotas, em 48 partidas sob o comando da equipe do Rio Grande do Sul.
Apesar de tudo isso, nada ficou mais marcado na passagem do técnico uruguaio pelo futebol gaúcho do que o famoso rodízio de jogadores no Inter. Logo em sua apresentação no Atlético-MG, Aguirre já se viu obrigado a explicar do que tratava a troca constante de jogadores na equipe colorada e deu indícios de que, se necessário, utilizará a mesma estratégia no Galo.
“Não sei o que é rodízio. Eu fiz, no começo do ano no Gaúcho, dando prioridade à Libertadores. Dei oportunidades para jogadores que acabaram sendo muito importantes na Libertadores. São coisas planejadas com a comissão técnica. O Atlético tem um time base. Eu conheço o time, sei os jogadores que tem, que vem jogando junto. Vamos trabalhar muito para aproveitar o grande elenco e os grandes jogadores que já conhecemos. Na medida do possível, vamos tentar conhecer todos os jogadores do elenco”, salientou.
Cobrado pelo rodízio de jogadores, Diego Aguirre e sua comissão técnica também foram fortemente criticados quanto à preparação física dos atletas, que, segundo a imprensa gaúcha, era deficiente. Incomodado, o treinador uruguaio defendeu sua metodologia de trabalho no Inter e apontou como oportunistas as críticas recebidas por ele e por seus colegas de trabalho em sua passagem pelo clube gaúcho.
“Vamos tentar fazer o melhor trabalho. Às vezes temos que aceitar as críticas. No Inter, na Libertadores, todos falavam que o nosso time era o melhor do Brasil. Nessa hora, não tinha críticas. Estávamos muito bem com nossa metodologia de trabalho. Eu tinha convicção que nossa comissão técnica era excelente. É um desafio importante, deixar para trás algumas críticas”, colocou o treinador que voltará a disputar a competição continental, agora pelo Atlético-MG.
“Temos uma experiência importante, já temos um ano no futebol brasileiro, com experiência de conhecer a competição. Já fui semifinalista com o Inter, finalista com o Peñarol (em 2012, contra o Santos) e talvez seja a hora de ir um pouco mais acima. Seguramente, muitas coisas boas vamos apresentar. Tentaremos melhorar em outras. Tenho muita confiança que tudo está num bom caminho para termos um ano bom”, acrescentou.
Experiência na Espanha – Como tem sido comum aos técnicos sul-americanos, Diego Aguirre, durante o período em que esteve sem clube, visitou a Europa, passando uma semana ao lado do técnico Diego Simeone, do Atlético de Madrid, visando absorver conceitos de um dos principais treinadores do futebol europeu.
“Já tinha planejado essa ida ao Atlético de Madri e tivemos uma semana de convivência com Simeone e o elenco. Fui para aprender coisas e trocar experiências com um treinador de alto nível. Para mim, voltar ao Brasil era algo que queria muito, queria afirmar e confirmar coisas”, disse o treinador, que comentou sobre a maior presença de técnicos estrangeiros no Brasil.
“Acho que treinadores estrangeiros têm em todas as ligas do mundo. Por que não no Brasil? O futebol é só um. O intercâmbio de ideias, de trabalho, é bom para os brasileiros e bom para nós. Respeito muito o treinador brasileiro. Acho importante ter novas ideias por aqui”, completou.

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