Chutões reforçam falhas

Índices justificam protestos em relação ao chutão no Palmeiras



Dono do terceiro melhor ataque do Brasileirão, com 54 bolas na rede, e um dos times que mais finaliza ao gol, o Palmeiras vem causando incômodo nos torcedores não só pelos altos e baixos na campanha do returno, que implica em uma distância cada vez maior dos quatro primeiros. Não é de agora que as ligações diretas entre defesa e ataque – os proclamados chutões – causam espécie na torcida e também nos atletas.
Seguindo as estatísticas colhidas pelo Footstats, o problema começa já nas reposições de bola de Fernando Prass. Muitas vezes ávido por colocar a bola em jogo aproveitando o contragolpe, o goleiro acaba devolvendo a posse ao adversário. O camisa 1, inclusive, protagoniza os dois extremos no quesito dos lançamentos: é o jogador que mais acerta, com 201 lançamentos certos, e o que mais erra, com 367 falhas nas bolas longas.
O problema do chutão fica exposto quando se analisa as transições longas. Dos dez jogadores que mais erraram os lançamentos no Alviverde, apenas dois – Robinho, com 81 erros, e Dudu com 23 – não fazem parte da defesa. Fora Prass, os erros daqueles que compõe a linha de zaga são evidentes. Victor Ramos é o terceiro na estatística, com 79 erros, seguido por Egídio (78), Vitor Hugo (58), Jackson (53), Leandro Almeida e Lucas (39).
A falta de exploração do meio-campo foi assunto em uma coletiva recente do lateral direito, inclusive. “Realmente, às vezes jogamos com muita ligação direta, mas temos jogadores de qualidade e vamos tentar botar a bola no chão. Já fizemos isso durante o ano e precisamos retomar esse padrão de jogo, com posse de bola, botando o centroavante mais na cara do gol para finalizar”, alertou.

Quinto jogador que mais acerta lançamentos no elenco (24), Lucas acredita que um estilo de jogo mais cadenciado fará o Palmeiras voltar a somar pontos com maior tranquilidade após três derrotas seguidas. Assim como em relação aos erros, o meia Robinho e o atacante Dudu continuam sendo os únicos jogadores que não fazem parte da linha de defesa a estarem nas melhores estatísticas no que se refere às bolas longas.
Robinho, que se recuperou fisicamente em meio à reta final para seguir atuando como titular no meio, só está atrás de Prass no que se refere aos êxitos, com 78 lançamentos. É dele também a segunda melhor marca em relação às viradas de jogo, tendo acertado 30 delas. O líder deste quesito é o volante Gabriel, ausente do time desde o início de agosto, quando lesionou o joelho e precisou encarar cirurgia, devendo voltar ao time só em 2016.
Todos os números só mostram que, diante de um meio-campo enfraquecido por desfalques – como as recorrentes lesões de Arouca e Cleiton Xavier, que tentam ficar à disposição para as finais da Copa do Brasil -, a importância de Robinho é fundamental no esquema tático de Marcelo Oliveira, que, frente aos erros da zaga, precisa apresentar uma maior dinâmica de movimentação para buscar o jogo.
Via: Gazeta Esportiva


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