Kardec quer aproveitar fim do rodízio para jogar centralizado no São Paulo.
A chegada de Doriva ao São Paulo decretou o fim do rodízio de jogadores que o colombiano Juan Carlos Osorio havia implementado nos quatro meses que permaneceu à frente da equipe. Quem pretende se beneficiar da mudança na mentalidade da comissão técnica é o atacante Alan Kardec. Recuperado da grave lesão no joelho que o afastou dos gramados por seis meses, o atleta espera convencer o “conservador” Doriva a escalá-lo como centroavante.
“Meu pensamento continua igual, não mudou muito com relação a esquema. Continuamos com três homens na frente e, se for preciso atuar em outra posição, também estarei disposto. Mas atuar como um nove é minha posição de origem e onde quero ter uma regularidade maior para poder entrar”, disse Kardec, relacionado para a partida dessa quarta-feira, contra o Fluminense, no estádio do Maracanã.
Caso tivesse se recuperado a tempo de jogar com Osorio, o atacante possivelmente seria escalado nas pontas do setor ofensivo ou até na armação das jogadas de ataque. Doriva, no entanto, já deixou claro que pretende evitar as invenções na escalação para priorizar as principais características dos jogadores que tem à disposição. Dessa forma, Kardec disputará posição diretamente com Luis Fabiano.
De acordo com o atacante, a rigidez tática do novo comandante tricolor será importante para que ele possa recuperar o ritmo de jogo. "Não tivemos uma conversa com relação ao posicionamento, mas já ficou claro que ele tem me posicionado como centroavante. Não terá tanto mistério. Posso exercer outra função no decorrer do jogo, isso varia bastante dependendo da partida. Se você jogar pelos lados, tem que saber se posicionar na hora de defender. Como centroavante, você fica mais fixo", afirmou.
Opção para o banco de reservas no duelo com o Fluminense, Kardec admitiu não ter condições de atuar durante os 90 minutos de jogo. O atleta, contudo, garante que a lesão no joelho não lhe impõe mais nenhuma limitação física. "Não tenho nenhum tipo de receio, pude fazer alguns trabalhos de contato com os companheiros. É como eu falei, o que acontece no treino você leva para o jogo, mas os jogos são diferentes. É um momento único, não tem bola perdida. Não sei se vou conseguir jogar 90 minutos, mas no tempo que entrar, vou fazer o que eu puder para ajudar", finalizou.