Willian lamenta, mas vê como natural possível saída de Mano Menezes
Após pedir um dia para definir se aceita ou não a proposta oferecida pelo Shandong Luneng, da China, Mano Menezes confirmará, nesta quarta-feira, se deixará ou não o comando do Cruzeiro para trabalhar no país asiático, onde receberá um salário de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Diante de uma proposta irrecusável e da instabilidade comum aos treinadores no futebol brasileiro, o ainda técnico da Raposa deve aceitar a oferta chinesa.
“Renascido” no clube após a chegada de Mano Menezes, quando marcou 11 gols em 15 jogos do técnico no Cruzeiro, o atacante Willian definiu como “natural” a possível saída do comandante, mas enfatizou que o elenco cruzeirense sentirá falta do treinador.
“(O Mano) Representou bastante para mim, pela confiança que transmitiu, pelo meu crescimento desde sua chegada, por acreditar no meu futebol. Fiz por onde. Naquela oportunidade que o Deivid assumiu (vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 1), eu esperava aquela oportunidade. Juntamente com meus companheiros fizemos uma grande partida. O Mano assumiu e continuou me dando liberdade, confiança. Me adaptei bem e continuei dando respaldo positivo. Consegui ter um entrosamento legal com meus companheiros”, destacou.
“Do que ele apresentou até agora, são muitas coisas positivas, o trabalho tem sido maravilhoso. Nosso ambiente hoje é outro, muito mais leve, de união, transparência, comprometimento. Ele tem responsabilidade de ter deixado o grupo assim. A gente sabe que no futebol isso é uma coisa natural. Claro que pelo que ele vem fazendo aqui, o grupo vai sentir, porque estamos numa crescente juntos. Mas a diretoria sabe o que fazer”, completou.
Atletas dispensados – Além de comentar a possível despedida de Mano Menezes, Willian se manifestou sobre a decisão da diretoria de dispensar Ceará, Charles, Leandro Damião e Júlio Baptista, que não terão seus contratos renovados ao final do ano. Pego de surpresa, o atacante lamentou a saída de seus, agora, ex-companheiros, mas enfatizou que também se trata de uma situação corriqueira dentro do futebol.
“Não estava sabendo. Claro que a gente fica chateado, são grandes jogadores, têm sua importância, queriam permanecer no clube, porque se trata de um clube de ponta, com grande estrutura. É o futebol, foi uma honra muito grande ter trabalhado com esses grandes jogadores, como pessoa, cada um com sua personalidade, pessoas de caráter, de bem. Esse é o futebol, temos que levantar a cabeça. Desejo toda sorte”, comentou.
Apesar da semana agitada no Cruzeiro, Willian entende que o elenco cruzeirense precisa digerir os últimos acontecimentos, bem como aqueles que ainda estão por vir, para que o time feche o ano de maneira positiva, no próximo domingo, às 17h (de Brasília), contra o Internacional, no Beira-Rio, no último jogo do clube na temporada.
“Coisas do futebol. Coisas naturais, saídas, chegadas, mas claro que a gente sente. Profissionais que você acaba convivendo. Mas faz parte de um processo que acontece no futebol, totalmente natural. Estamos com a cabeça voltada para o jogo de domingo, somos profissionais e temos que continuar vindo para o clube, fazendo nosso trabalho”, salientou.