Olhando pelo lado positivo...

Com dívida de R$ 300 mi, saídas de Pato, Luis Fabiano e Ceni são bem vistas no São Paulo


As saídas de Alexandre Pato, Luis Fabiano e Rogério Ceni ao final da temporada devem entristecer os torcedores do São Paulo, mas já são vistas pela diretoria do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, como a solução de alguns problemas.

A reportagem apurou que o novo presidente vai encontrar o clube com uma dívida de cerca de R$ 300 milhões, sendo a maior parte dela com instituições financeiras. A informação foi confirmada por membros da atual diretoria de Leco.
Ainda que enfraqueça o time tricolor, a saída dos três jogadores citados representará uma economia de R$ 1,7 milhão na folha salarial do futebol.
A única chance de Pato ficar é se ele se for contratado pelo São Paulo. Emprestado pelo Corinthians até 31 de dezembro deste ano, o clube tricolor teria de pagar para ficar com o jogador 25 milhões de euros (cerca de R$ 108 milhões).
Luis Fabiano concluirá o contrato dele ao final desta temporada, quando terá 35 anos. A chance de renovação é mínima. O salário dele é o segundo mais alto atrás apenas de Rogério Ceni. E o desempenho não tem agradado (só nove gols em 33 jogos).
Já Ceni encerrará a carreira no final do ano após ter recuado na decisão nas duas últimas temporadas. Apesar de não ter contrato de imagem, ele recebe o salário mais alto no futebol. Por isso, a saída dele ajudará o time a enxugar bem a folha salarial.
Austeridade financeira
Não é apenas com as saídas dos jogadores que atuam diretoria conta para ajustar as contas. Deve ser elaborada uma nova estratégia para a contratação de reforços, possivelmente com um novo teto salarial. O atual é de R$ 300 mil.
"Planejo ter um grupo de bons jogadores que honrem nossa história e que atenda a expectativa do nosso torcedor, acostumado a grandes conquistas. Mas isso não ocorrerá num primeiro momento da minha gestão", já admitiu Leco.
A diretoria evita falar em cortes de funcionários, mas é bem possível que eles ocorram. Assim como a revisão de contratos existentes. 
Quem deve cuidar desse traballho é Alexandre Bourgeois, que voltou ao cargo de CEO. Ele já trabalhou no clube por três meses, mas foi demitido pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar que alegou "quebra de confiança". O executivo é próximo do empresário Abílio Diniz.
Bourgeous trabalha também em um plano de renegociação da dívida tricolor. O primeiro passo é evitar que o valor cresça mais até o final do ano. O segundo é alongar a dívida para permitir ao clube o pagamento sem abrir mão de recursos para investir em outros setores.
Leco ainda não nomeou um diretor financeiro, mas a ideia é que o indicado trabalhe em conjunto com Bourgeois e com o novo diretor jurídico. Um trabalho de auditoria também será feito. O presidente disse aos conselheiros que pretende contratar a PricewaterhouseCoopers para início imediato. A empresa foi indicada por Abílio Diniz. 
"Reconstruir o São Paulo significa dar transparência à gestão. Fazer uma gestão austera, conhecendo as pendências, negociando a dívida e recuperar a credibilidade. A credibilidade é algo fundamental para o São Paulo", disse Leco, ao ser eleito.

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