Hudson ignora crise política e pede para que futebol seja o foco.
O volante Hudson assegurou nesta segunda que a crise política pela qual passa o São Paulo, que deve culminar na renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar, na terça, não afeta o desempenho da equipe dentro de campo. Para o meio-campista, o que acontece fora das quatro linhas deve ser resolvido rapidamente, deixando que o futebol volte a ser o único foco das notícias sobre o Tricolor.
"Só ficamos na torcida para que as coisas fiquem bem o mais rápido possível para que o futebol seja o assunto mais falado, como deve ser", afirmou o jogador, adotando um discurso semelhante ao dos companheiros que têm dado entrevistas no CCT da Barra Funda durante todo o processo de desmontagem política do clube. "Nós somos homens, pais de família, temos de saber separar as coisas que vêm de fora. Isso é meio automático", continuou.
O momento atual, porém, praticamente força os atletas a falarem disso. Há mais de um mês que as perguntas feitas a jogadores do São Paulo têm relação mais com coisas que estão fora das quatro linhas do que com o futebol apresentado pela equipe. Da possível saída de Osorio até os escândalos envolvendo a diretoria, tudo parece ser mais chamar mais atenção no clube do que a briga pelo G4 no Campeonato Brasileiro.
Apesar de apontar a briga entre Aidar e Ataíde Gil Guerreiro como algo que "não importa muito" para ele, Hudson reconheceu que deu sorte de não precisar lidar com a diretoria. Com contrato até o final de 2017, ele pode se preocupar apenas em tentar buscar a titularidade com Doriva.
"Ainda bem que não teve um problema que tivesse de recorrer a alguém (da diretoria). Mas daria para falar com o próprio presidente e o senhor [José Eduardo] Chimello, que está aí todo dia", comentou. "Não sei se já é oficial (a renúncia do presidente). Ficamos um pouco surpresos pela situação, mas eu não procuro ver os detalhes do negócio. Só fico na torcida para que se resolva rápido", encerrou.